Aracaju- SE
Tenho ido assim como permitem as circunstâncias. E eu que queria ser liberto, percebo pateticamente há um senhor, que isso de liberdade é tóxico vocabular; a sensação de liberdade é um simulacro de prazer.
Passa com a derradeira picada, com o ultimo trago, com a viagem final e fatal. Não entendo como se pode ser livre e civilizado. Porque uma liberdade com hora marcada, com consulta as nove, também não interessa.
De qualquer sorte, a vida nossa, ei-la ai, esse mal que aflige os maus e os bons. Mas o homem sitiado tem outros prazeres, decerto. Na cidadela de sua liberdade fantástica, há deleites de ordem menor. E não preciso descer aqui a miudezas de detalhes, porque bem sabe do que falo.
E que paradoxo doloroso, esse de imaginar com tantas cores um céu livre que se resume ao preto e branco da necessidade, nu de nuances, de entretons.
Viver me parecer ser isso: ir-se despindo dessas cores que matizam a liberdade, até que nos precipitemos camaleonicamente, no vazio incolor da necessidade última: que é morrer.
12.03.2009
muito bom..
resumundo.. vamos fazendo, seguindo..
como transeuntes …
imagem perfeita para o texto…o texto tah meio “papo de carnavalesco”, mas tah muito bem feito.
Parabéns pelo Blog.
Criativo e inteligente.
Você escreve muito bem.
Se puder,visite o meu.
TE CUIDA!!!!
BOA QUINTA PRA TI!!!!
Não achei nada carnavalesco, achei o texto simples, com uma verdade nua e crua, muito bom.
Realmente o texto mostra uma realidade muito crua.
E a imagem bate muito bem com ele mesmo.
Parabéns!
As inquietações do cotidiano. Certamente liberdade deve ser uma das palavras mais jogada ao vento, sem significado, que existe. Junto com democracia, é claro.
Thiago de Mello dizia assim:
“Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio e sua morada será sempre o coração do homem.”
muito bom o texto, gostei!
um abraçoo
bonito blog vcc tem.
eu já acho que viver é ir trocando de cores
a imagem combina com o texto,
muito bom
gostei d mais do seu blog
xd
se puder
http://sonabrisa.nomemix.com/
bem legal…”deixa a vida me levar”
parabéns;;;
O que marca a vida não são as possibilidades – muito poucas, por sinal – mas, sim, os paradoxos e a infinita incongruência. Você falou sobre liberdade e tocou num ponto muito sutil e sútil: a sua existência. A liberdade como a arte, a literatura, a ética, é um assunto bem delicado, pois quando achamos um aspecto que possa conceitualizar-lhe, logo, achamos mil outros aspectos que fazem a nossa teoria supracitada cair. O meio, de uma maneira quase que geral, te algema, porém, antes da nossa própria existência, estar-se prostrado sobre nossas almas o vazio, a inexatidão do arbítrio. O Dostoiévski, no seu “Recordações da casa dos mortos” faz uma análise, vamos dizer poética, sobre esse assunto e nos mostra que há uma liberdade, uma liberdade que te mostra como única válvula de escape das galés da vida, o suicídio.
Ficou bom o texto. À vida!
Concordo com a galera aí: A imagem combinou muuuito bem com o texto. Adorei. Parabéns 😉
ora, liberdade não depende de circunstâncias, vocabulários, sensações ou cores…liberdade é mais que tudo isso…é você sentir-se livre do jugo diário do trabalho, das dívidas, dos sentimentos, das emoções…é você crê que existe um homem que veio ao mundo em carne pra morrer por mim e por você, como?,e pra que?, pra nos dar essa liberdade a qual todos nós comentamos, se você acredita ou não, isso é uma escolha sua, mas que eu vivo dessa liberdade eu vivo, e não troco por nada neste mundo…”Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.”(livro da bíblia Gálatas 5:1).Quer experimentar dessa liberdade?,entregue sua vida a Jesus Cristo e desfrutarás daquilo que desfruto.
Deus os abençoe!
O que é entregar a vida a Jesus Cristo? Eu sinceramente não entendo quando os cristãos me dizem isso. Entregar-se seria vestir a máscara puritana da hipocrisia e bradar avidamente a submissão a essas coisas non-senses que as religiões pregam?
muito bom texto
Morrer na verdade não é incolor, é a porta para um mundo totalmente diferente de cores.
Muuuuuuuuuuuuuuuuuito bonito!
muito boa sua postagen
belo blog
xD
se puder
http://sonabrisa.nomemix.com/
Eita que dentre tantos comentário eu tinha que vir aqui deixar minha impressão sobre essa tal liberdade: Testa, que massa o thiago é bem cabal quando classifica a liberdade como algo que deve ser mais praticado e menos teorizado, é bem verdade que se levamos em nossos corações essse estigam de viver e sentir o vento a cada sopro, muita coisa seria diferente daqueles que só a classificam para mascarar um posicionamento social, inserir-se num módulo em que reza à cartilha a democracia trancafiada e não liberta. Inclusive não liberta de seus próprios medos e conceitos conservadores. Sinto a liberdade indo sem cor, e não por dizer que só vejo cores naquilo que as julgo livres, mas porque a ótica da ilusão se faz a cada instante em que confrontamos nossa realidade a realidade ausente em nós mesmos.
João, não sei o que dizer, não seis e pungente a religião, existe a liberdade, será que fora dela também o somos? De tal modo que penso que a liberdade se constroi (isso mesmo, acho que não leva mais acento) ao passo em que a sentimos, e se a garota cristã a sente em cristo jesus é livre para voar e ser o que deseja. E já a entrega, é algo que fazemos a cada instante quando nos rendemos ao falso moralismo burocrático institucionalizado, nas clases, a dor está na luta entre as clases meu caro; é o que de mais dilacera as carnes e nos traz a imobilidade, nos deixa passivos frente ao que se sonhou: e tudo vai naufragando até que o desejo toque à dor e saiamos de nossas cascas e avancemos sempre rumo as transformações, a luta diária contra tudo que nos oprimi.
Fernando Correa é sem dúvida alguma lascivo, suas fotográfias sem cores as possui todas elas na neutralidade de seu olhar frente ao mundo o qual nem eu, nem você e nem ninguém além dele vai conseguir traduzir. E talvez seja melhor que não consigamos, para que a poesia seja completa e nossas vidas possas estar cheias enquanto o momento existir.
Deveras, podemos viver um mundo em Jesus Cristo. Sim, podemos. Você traduziu bem na sua réplica ao retorquimento que fiz a menina cristã como as coisas se sucedem. Elas acontecem de uma forma platônica, quase um gêmido melindroso que nos arrepia o corpo e faz sobressaltar as nossas veias. Na verdade o que nós temos é medo. Inclusive, o medo de aceitar a realidade estéril, o confronto diário da dialética social. Não há Jesus. Jesus está morto. Deus propaga-se nas relações mútuas que mantemos com a natureza. O que há é o nada, a incerteza, o vazio. Não podemos projetar aquilo que ainda não aconteceu, vivemos sob a navalha das horas. O próximo segundo pode ser derradeiro. A idéia de paraíso é como a maconha, nos faz relaxar. O maniqueísmo é uma droga, é a rede globo que serve de entretenimento para a vida.
já dizia e rezamos à cartilha: o velho e bom platão, já nutri platonismo pela liberdade, me absolvo de todos os pecas e com isso me iludo.
Vive la resistence
Pode-se fazer resistência sendo conciso. O dia a dia é minha ode, meu poema. Como diria o Belchior “Minha alucinação é com coisas reais”.
E o que é a realidade então se estamos frente a um texto que não o seja em sua gênese? A realidade assim como a felicidade é como uma pluma que o vento vai levando, voa leve e tem a vida breve, precisa que haja vento semparar, como já dizia o cancioneiro: Não obstante meu caro a liberdade é um signo o qual devemos buscar seu significado e não nas gramaticas, nas filosofias, a liberdade se constroi na vida, na aquisição da linguagem dos pensamentos coerentes e dispares de toda a relutância à corrente que nos impede o movimento.
Amanhã, nem bom dia eu vou dar… E é difícil sermos nós sem reclamarmos tudo, não é como um mar que nos arrasa, e minha ode é a poesia, porque creio ser ela a liberdade diária. Esse amor que é raro e é preciso.
escrever é uma forma de liberdade… esse seu texto é um exemplo desse seu desejo intimo, expresso aqui!
Caramba muito bom o seu post, esta de parabens , lindas palavras e com uma riqueza de detalhaes indescritiveis, muito bom mesmo
Não há liberdade. O poema em si não é liberto. A confusão de idéias que vem antes da criação do poema é liberdade, mas a partir do momentos que saimos do campo do pensamento sobre o poema e começamos a caçar palavras para escrevê-lo, ele já está aprisionado. Aprisionado pela racionalidade.
na verdade não existe liberdade. o homem se prende, desde muito cedo, e por mais que exista tentativas de sair, a propia fuga é presa, só se foge pra longe, longe por que?
lindo, muito lindo
Bem… o que eu posso dizer? O texto é maravilhoso!
Muito bem escrito e bonito. meus parabéns.
Abraço e vamo que vamo!
texto difícil, liberdade é algo complicado. seria poder sair pelada por aí, quando tiver vontade?
o problema é que há limites, não podemos ter tanta liberdade a ponto de tirar a liberdade do outro, não é? E é aí que começa a complicar. Mas você sabe disso, não preciso dar uma de conciência por aqui haha. até mais.
como o mundo seria melhor se as pessoas que eu critico no meu blog
http://loiraturbinada.wordpress.com
pensassem como voce!
O que é liberdade?
ser livre parece algo não muito inviável pois contradiz com toda uma bagagem de ditos e preceitos de “normalidade” e ser dessa forma beira a insanidade,mas estar livre aparenta ser bem possível…
alguém que é livre pode notar,mesmop sendo o céu negro e branco,as nuances que lhe agradam e que lhe são mais favoráveis…é aquele que -apesar de ser denominado por muitos como infantil,sonhador, imaturo,inconsequente-usa as regras do jogo da “realidade” ao seu favor e que assim pensa por si,para si eu em si…
O que vem na raiz a normalidade dos fatos nu e cru de que a liberdade é a canção que entoamos como a um hino de amor? Não obstante o fato de que ainda não compreendi maturalmente essa camada de proporção, não praticamente porque a prego aos ventos todos os dias, anseio na verdade que ela exija de mim e que viva em mim mais que na canção, na poesia. Não sei de mim, não ainda, não agora eu sinta.
Hmmm, mais um texto sobre morte? Está virando especialista nisso. Bem, esteticamente gosto da forma como você construiu. É claro que eu excluíria algumas palavras. Mas, acho que você fez um bom trabalho usando um jogo de cores, o poema ficou bastante ilustrativo. Enquanto lia, eu via uma espécia de aquarela, girando, girando até ficar tudo confuso e de repente se simplificar no preto e branco.
mas enfim, tudo aí em cima é porcaria, o que que queria mesmo falar antes de enrolar aí é que
a imagem casou muito bem com o texto 😉
shuahsuhaushaushuahsuahsuahushaushaushuahua
Da arte de ser irônico… Por Diogo Rafael.
Urubu, os seus textos tem figuras poéticas que colocam em confluência duas coisas: cores vs palavras rebuscadas. Êta, menino cheio de literatura!hahahaha
Diogo, não consigo ver sentido quando me dizes que mais uma vez escrevo sobre a morte… creio que em nenhum momento e nehuma imagem poética nós dá essa sensação. Toda via, me agrada essa percepção do mundo sobre a égide das cores, dos tons e do incolor quando nãos e pode relutar e dizer.
Entendo liberdade como um jogo de aceitação, fingimento de aceitação e não aceitação. Passo as horas do dia travando negociações, aceitando ou fingindo. Em outras horas, simplesmente vivo a liberdade sozinho, é a hora de não aceitar porque não estou dando ouvidos.
Eu simplesmente, não acredito em liberdade. Acho que a mente e a matéria já são de todo, uma prisão.
Gostei muito do texto.
;*
/\
/\
esperta essa menina!
^^
Muito legal o texto, bem interessante
Gostei seu urubu.
abraço.
blog liberto!
:*
assustadoramente aflitivo. a liberdade, acho, aparece em gotinhas de cores que escapam da matéria, do pensamento, da razão. há pequenas mortes.
Parabéns, amigo!
Muito bom, tanto o post, quanto o blog por completo!
Abraços
Nescessidade mesmo!!! se não todos nós enlouqueceriamos!!!!!!
fiquei entrigado com um de seus questionamentos…
como ser livre e civilizado?
confesso pensarei mais sobre isso!!!
forte abraço!!!
ps: bom texto virei aqui mais vezes…
Rapaz, seu texto me fez lembrar um poema que escrevi sobre liberdade, e no final, eu encarei a liberdade com a morte, ótimos temas.
Ao contrário do texto, acho que vamos somando cores com o passar da vida. Não nos despimos delas. Abraços e sucesso com o blog!
Mais uma vez. O meu amigo é sensacional em suas palavras!
Não é possível ser liberto em uma civilização que reprime. A liberdade vai despindo-se de cores, assim como nós que deveríamos nos despir de paradigmas que bloqueiam a liberdade. Mas isso não acontece entre os humanos. O que faz que a liberdade seja uma fantasia. Por isso só teremos a liberdade ao deixarmos a vida. O seu texto dá muito o que pensar.
é evidente que não existe liberdade. em qualquer que seja o plano. acredito eu que existam níveis e sub-níveis de liberdade. mas uma liberdade plena, não. e ainda sim, essas liberdades niveladas e sub-niveladas dependerão da conceituação do propósito que a vida traz. coisa que reside de forma variadíssima na mentes humanas.
se eu corrijo um erro de concordância no seu texto, eu já não sou livre, e vc também não o é, pq eu me prendi a uma regra e vc vai se prender à necessidade do conserto. e nem adianta querer tirar onda e dizer que poderia existir liberdade poética num caso desse pq tb não existe liberdade pro que é ininteligível. imagina se pensarmos no amor.
eu, apenas uma mente no mar de mentes humanas, tenho só o direito de me sentir “mais livre” que um religioso, pq me considero racional e sem problemas de vista (uso 1,5 só no lado direito e menos de 1 no esquedo, coisa besta) que ele.
é evidente que não existe liberdade. em qualquer que seja o plano.
texto foda. eu amo vc, urubu. e por isso tb não sou livre.
que final trágico =0
maas… eh a realidade neh
hihi
Parabéns pelos ótimos textos ^^